A medição da vazão possui infinitas justificativas para ser efetuada, em milhares de processos industriais. Desta forma, há uma variedade de tipos e técnicas de medição, para que, de acordo com a necessidade do processo industrial, a medida da vazão seja exata e não sofra a interferência das variações das propriedades físicas do fluido ou interferência de outros equipamentos da linha de produção.
Dentre as várias necessidades de medição de vazão, o medidor de vazão magnético supre esta necessidade satisfatoriamente. Mesmo sendo um dos mais antigos métodos de medição, datando da década de 1940 o desenvolvimento do primeiro medidor de vazão magnético, ele é bem explorado pelos fabricantes de instrumentos e pela indústria. O medidor de vazão magnético atende as necessidades de processos que lidam com fluidos como iogurtes (elevada viscosidade), cerveja (presença de bolhas de gases no liquido), polpa de celulose, polpa de minério, ácidos, esgoto, entre outros.
Ou seja, o medidor de vazão magnético possibilita a medição confiável de líquidos que apresenta algum impedimento ou dificuldade de medição. Este processo de medição se dá a partir das descobertas de Faraday. Devido a condutividade elétrica mínima admitida que o liquido possui, e a aplicação de um campo eletromagnético perpendicular ao sentido de fluxo do fluido, produz-se uma força eletromotriz (f.e.m.), que pode ser medida por um milivoltímetro.
Essa força eletromotriz induzida, mensurada pelo milivoltímetro, não sofre interferência da viscosidade, turbulência, densidade, temperatura ou pressão. O campo magnético pode ser gerado por um ímã permanente ou por bobinas excitadas por corrente contínua ou alternada. Nos primórdios da técnica de construção deste tipo de vazão era comum usar corrente elétrica alternada diretamente da rede. No entanto, as oscilações causavam erros na medição. Atualmente, os medidores de vazão magnéticos trabalham com tensão continua pulsante ou com corrente alternada mas configurado com um filtro de tensão.